20/03/2011

Review: Romance


 
Diretor: Guel Arraes
Elenco: Wagner Moura, Letícia Sabatella, Andrea Beltrão
Ano: 2008
Visto em: 19/03/2011
Review contém spoilers? Sim
 
Sejam bem vindos ao meu primeiro review de filme brasileiro! E como se não bastasse todo o "pré-conceito" mítico que gira ao redor de filmes nacionais, ainda por cima este aqui tem um nome bem sugestivo e o trailer "se vende" através das cenas de putaria! =P
 
Mas verdade seja dita: Este é um dos filmes mais enganadores que eu já assisti. Apesar de toda vagabundagem que rola solta durante a trama, eu quero afirmar que ele não é um filme de romance (diferente do que o título quer implicar), e sim uma "tragi-comédia", portanto, um filme bem sussa de se assistir, ainda mais quando as cenas de sexo são bem artísticas e estão longe de dar a nós, nerds, aquela sensação característica de vergonha alheia.
 
Agora falando do filme em sí, quem já assistiu A Origem pode se sentir bastante familiarizado com a proposta do filme... aliás, arrisco dizer que ele plagiou do Romance - que veio dois anos antes e já trazia o mesmo conceito de "história dentro de outra história".
 

 
Pedro (Wagner Moura) e Ana (Letícia Sabatella) são dois atores apaixonados por sua profissão, só que ele vive em função do teatro enquanto ela está a fim de explorar novos rumos. Enquanto misturam ficção e realidade, os dois vivem uma paixão passageira durante a temporada onde interpretam a peça Tristão e Isolda. Certo dia, um diretor de TV (José Wilker) assiste à peça e se amarra na Ana, oferecendo à ela um papel de telenovela, e Ana, que não é burra, aceita - insira aqui a deixa para Pedro exaltar toda sua emisse pelo teatro, separando-se por definitivo de Ana.
 
A partir daí, muitos trabalhos vão aparecer nas vidas de ambos os atores, e sendo bons profissionais, é inevitável que um dia eles se reencontrem para executar o mesmo trabalho, que coincidentemente é uma adaptação de Tristão e Isolda para um especial de TV.
 

 
Resumo rápido pra evitar dar nó na cabeça de alguém: As vezes o fingimento é profissional, outras vezes o fingimento é por amor - no filme os atores interpretam atores que estão interpretando peças e episódios de TV... chega uma hora que eles mesmos acabam se indagando sobre o que é verdade ou mentira. É um roteiro confuso de explicar assim com palavras, mas acabou sendo um filme bem redondo de ver.
 
Me surpreendeu de maneira positiva, pois assisti já esperando o pior, e bem quando o filme tava ficando maçante, eis que a comédia salva o ritmo tristão deprê e a verdadeira trama começa a surgir. E já perto do final, Marco Nanini aparece com toda sua fodeza, roubando a cena e deixando o filme ainda melhor.
 
Em tempo: Amo as olheiras do Wagner Moura - por favor, Globo Filmes, jamais tentem apagá-las com maquiagem.
 

Assista ao trailer:


 

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