15/05/2011

Review: Federal


 
Diretor: Erik de Castro
Elenco: Selton Mello, Carlos Alberto Riccelli, Michael Madsen
Ano: 2010
Visto em: 14/05/2011
Review contém spoilers? Não
 
Gente que acha que cinema brasileiro é ruim devia assistir esse filme... pra ter um parâmetro de como é algo verdadeiramente ruim, pois mesmo a sempre excelente atuação de Selton Mello não ajuda a tirar esse filme do buraco.
 
Na direção temos o novato Erik de Castro, que também assina produção e roteiro - isso já indica que o filme é exclusivamente do gosto dele, porém, talvez o filme agrade quem tenha gosto semelhante...
 

 
"Dani" (Selton) é um integrante da polícia federal de Brasília que, com a companhia de Lua, Rocha, e sob o comando de Vital, investiga um "peixe grande" do tráfico de drogas conhecido como Beque.
A partir daí rola muita discussão, tiroteio, derramamento de sangue, rave, até mesmo capoeiristas - o que esses dois últimos tem a ver com o filme? Só vendo para crer...
 
Mais que o conflito entre polícia e bandido, Federal dá uma grande ênfase na vida pessoal desse grupo de policiais... a troco de nada.
 

 
A começar que, pelo making of do DVD e pelo número de patrocinadores vistos ao final do trailer, é nítido que a equipe tinha todos os recursos pra fazer de Federal um bom filme - temos atores internacionais contracenando de igual para igual com atores brasileiros, e os responsáveis pelos efeitos especiais e pela maquiagem também são internacionais, além de Selton e os outros terem recebido treinamento da própria polícia federal para realizarem seus papéis como agentes.
 
Porém, o que vemos é algo mal planejado, que lembra aquelas produções independentes de faculdade. A fotografia é ruim; a iluminação só é boa quando há a "ajuda" da luz solar; as coreografias das cenas de ação são péssimas e não se esforçam nem um pouco pra encobrir a "falsidade" da ficção; o áudio das falas é baixo demais, demonstrando que houveram erros na captação ou durante o processo de mixagem...
 
Mas o defeito principal de Federal é o roteiro confuso e inconclusivo. Apesar da proposta ser muito simples, sem profundidade, o filme é recheado de apelação - desde o uso das palavras de baixo calão até as cenas de sexo. Há muitas cenas que são totalmente dispensáveis ou longas demais, apesar do filme ter só uma hora e meia, a história dava pra ser contada sem equívocos em menos de uma hora.
 
Não há muito mais o que falar sobre o filme, e o cinema brasileiro tem obras infinitamente melhores que essa.
 

Assista ao trailer:


 

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