14/01/2009

Review - Mortal Kombat: Shaolin Monks

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Quase um ano após o lançamento de Mortal Kombat Deception, a Midway lançou mais um jogo da série MK. Ao contrário de outros jogos da série que exploraram o gênero ação (Mythologies: Sub-Zero e Special Forces), Shaolin Monks cumpre bem o seu papel. Encarnando os monges shaolin Liu Kang e Kung Lao, você viaja através dos mundos de MK combatendo a ameaça do imperador de Outworld, Shao Kahn.





O jogo preenche algumas lacunas da mitologia de MK, como "quem fez a cicatriz no Sub-Zero?" ou "como é o Shao Kahn sem o capacete?", prestando um excelente fan-service. Todos os personagens de MK 1 e MK II, mais dois de outros jogos da série, marcam presença (alguns deles são chefes e outros exigem uma maior exploração pelos cenários para serem descobertos), bem como a maioria dos cenários dos dois primeiros jogos da série, como a ponte do MK 1 (The Pit), a piscina de ácido (Dead Pool) e a floresta viva do MK II (Living Forest).



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Há segredos escondidos em cada área do jogo, que habilitam desde esboços e arte conceitual a personagens para serem utilizados em outros modos de jogo.



A história do jogo reconta parte dos eventos de MK 1 e toda a história de MK II, tendo início ao término do primeiro torneio e acabando após a derrota de Kahn.



GRÁFICOS

O visual do jogo é muito bom. A abertura em CG mostra os lutadores se degladiando em frente a Shang Tsung. Scorpion luta contra Sub-Zero por vingança. Sonya luta contra Kano e recebe a ajuda de Johnny Cage, enquanto Liu Kang desafia o feiticeiro Tsung. Destaque para Reptile tentando comer a cabeça de Cage e para Kung Lao, que disfarçado de guarda, decapita um Tarkata. Goro também faz uma animalesca aparição.



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Os personagens são bem construídos e animados (alguns glitches visuais percebidos em screenshots apresentadas antes do lançamento do game inexistem na versão final, como a "mão fantasma" do Liu Kang ou mesmo o "topless" da Mileena), e os efeitos de luz estão bem aplicados. Incrível ver como o jogo passa bem a sensação de escuridão que se tem ao entrar na "cheia de vida" Living Forest ou no infernal Netherrealm, retratando competentemente a atmosfera de Mortal Kombat II.



O jogo também tem seqüências em CG (além da própria abertura). Particularmente não gostei dessas seqüências, pois, embora bem animadas, nelas os personagens estão muito descaracterizados. Basta olhar pro rosto de Liu Kang e ver que ele não parece um chinês. As animações dos fatalities estão fluentes, basta ver o "Fire Trails" de Liu Kang para comprovar.



SOM

As músicas combinam bem com os ambientes, e temos até remakes de temas clássicos da série, como o da Dead Pool. Os efeitos sonoros parecem ter sido ripados de Mortal Kombat Deception, o que não é algo exatamente ruim, já que os efeitos de Deception são razoáveis.



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Alguns personagens têm aqui a melhor atuação de voz da série (Scorpion), enquanto outros possuem dublagens completamente desprovidas de emoção. Alguns nomes de MK Deception estão de volta (como Max Crawford, dublador do Shujinko em MK Deception).



É muito ruim ouvir a Sonya dizer "No! Not again!" ao ver um cadáver ensanguentado com a mesma emoção de quem vê tinta secando, mas é sensacional ouvir o Scorpion mandando um "GET THE FUCK OVER HERE"!



JOGABILIDADE

Os modos de jogo são:



  • Single Player: modo story para 1 jogador, no qual é possível escolher entre Liu Kang, Kung Lao, Sub-Zero e Scorpion (sendo os dois últimos secretos);

  • Ko-Op: modo story cooperativo para 2 jogadores. Os personagens selecionáveis são os mesmos do Single Player;

  • Versus Mode: modo "de luta", com 8 personagens selecionáveis (os 4 do Single Player mais Kitana, Cage, Baraka e Reptile - todos eles têm de ser destravados);

  • Load Game: sem comentários;

  • Option: idem;

  • Kontent: Onde ficam os itens destravdos nos modos Single Player e Ko-op. É possível ver concept arts, pequenos filmes (sendo dois trailers de outros jogos da Midway) , jogar o demo de The Suffering 2 e a versão arcade de MK II (deve ser destravada no Single Player).




Existe também um Survival/Endurance Mode, que deve ser destravado durante o Single Player. O método para acessá-lo consiste em resolver um "puzzle" na The Foundry, que infelizmente deve ser feito toda vez que se desejar jogar o Survival. Confira abaixo em vídeo:







À primeira vista, este pode parecer mais um do estilo "bater-e-correr" , mas com alguns minutos de jogo percebe-se que não é bem assim. MKSM dá muita ênfase ao combate, é verdade, premiando combos com experiência que pode ser usada para comprar golpes especiais e combos mais poderosos. Os golpes especiais são feitos segundo R1 e pressionando qualquer botão de ataque e são limitados por uma barra azul em baixo do life.



Para matar os inimigos mais rápido, os personagens jogáveis dispõem de três movimentos básicos e fatais: Fatality (marca registrada da série - são 8 para Kang e Lao, 3 para Sub-Zero e 2 para Scorpion); Multality (permite aniquilar vários infelizes de uma só vez - são dois para Kang e Kung; um para Sub e Scorpion) e Brutality (um para cada, sendo que aqui o personagens entra numa espécie de Rage Mode, ficando mais forte e com golpes diferentes). Para executá-los é necessários encher a "barra" vermelha que fica ao lado do life e da barra azul. Também é possível matar os nimigos instantaneamente usando armadilhas presentes no cenário, mas ao fazer isso você abdica da EXP que eles proporcionam.



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Porém, a exploração também é muito visada no game. Para acessar novas áreas, por exemplo, será necessário realizar alguns Test Your Might (o clássico mini-game de MK 1, que retornou em Deadly Alliance) para puxar alavancas ou fazer primitivas válvulas girarem. Ao longo do jogo seu personagem vai adquirindo habilidades como pulo duplo, pulo longo e escalada. É possível voltar a certas áreas com novas habilidades para achar segredos (que são representados por moedas yin-yang vermelhas). E existem lugares e segredos que só podem ser vistos no modo Ko-Op.



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É possível destravar o MK II de arcade cumprindo 5 missões para Smoke (ele está escondido na Living Forest).



O modo Versus tem uma jogabilidade diferenciada das jogos de luta da série, ficando mais parecido com a série Smash Bros. do que com MK Deception. Há itens, energia e aramdilhas espalhadas pela tela. Liu Kang, Kung Lao, Sub-Zero e Scorpion levam ampla vantagem por possuírem os mesmos golpes do modo Single Player.



CONCLUSÃO


É sem dúvida o melhor MK de ação de todos, superando com folga Special Forces e Mythologies. Isto, somado a possiblidade de jogar MK II e ver as pontas duplas de uma saga serem aparadas, torna Shaolin Monks um grande jogo. Obrigatório para fãs da série, e no mínimo um "must-see" para os não-fãs!



Veja abaixo um comercial do game, exibido no Reino Unido:







FICHA TÉCNICA


Mortal Kombat Shaolin Monks


Publisher e Desenvolvedora: Midway Games

Gênero: Beat 'Em Up

Plataforma: PlayStation 2, XBox (versão analisada: PS2)

Lançamento: 19 de setembro de 2005


Site oficial: www.mkmonks.com

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Versões anteriores deste review publicadas no Forum Fighters e na KOF Brasil.

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