23/10/2011

Review: Casshern Sins


 
Nome Original: キャシャーン Sins
Produção: Madhouse
Elenco: Toru Furuya, Mami Koyama, Toshiyuki Morikawa, ...
Ano: 2008
Visto: 24 episódios (inteiro)
Episódio favorito: 3
Review contém spoilers? Não
 
Esta é uma versão/Restart/reboot/releitura moderna da série original, Shinzo Ningen Casshern, com 35 episódios produzidos pelo estúdio Tatsunoko Productions. Sins foi concebido pelo (um dia já) competente estúdio Madhouse e sua exibição no Japão se extendeu do final de 2008 até o começo de 2009.
 
Apesar do esperado padrão de qualidade Madhouse... Casshern Sins sofre do mesmo mal de Evangelion - todo o orçamento do anime foi destinado às cenas de ação, e qualquer coisa que não seja lutinha é plano fixo, geralmente focando nas costas ou cintura de alguém, pra evitar animar a boca. Como se isso já não bastasse, parece que acharam legal aplicar um gaussian blur em toda a série, ou seja, não é a compressão do seu vídeo que está ruim: a imagem é nublada assim mesmo.
 

 
Num mundo onde os andróides conseguiram se estabelecer como raça predominante, Caxiãnn Casshern é tido por muitos como a própria morte: quem cruzar seu caminho certamente não sairá vivo do embate. Só que certa vez Casshern acabou matando a pessoa errada - Luna, o próprio "Sol chamado de Lua" - uma jovem que emana vida. Após sua morte, o mundo mudou drasticamente, trazendo uma "doença" que deteriora os andróides, assim ameaçando sua suposta vida eterna.
 
Mas Casshern é um estranho no ninho - ele é belo, esguio, ágil, poderoso, exímio lutador... e invencível. Se algo consegue viver o bastante para ferí-lo, não é problema, pois seu corpo se auto-regenera num instante.
Mas então o que é capaz de impôr ameaça a um ser tão perfeito como ele? Ora, uma mulher, é claro!
Quando a pequena Ringo se encontra com Casshern, inocente, começa a questioná-lo sobre coisas bobas que ele nunca antes havia pensado. Outra andróide, Lyuze, também se aproxima dele, o fazendo indagar ainda mais sobre a razão de sua existência.
 
E em meio à sua jornada pelo mundo, Casshern se choca com dois iguais, Dio e Leda, ambos belos e mortais: a dupla está disposta a encontrar uma forma de eliminar Casshern definitivamente, para que possam estabelecer sua superioridade.
 

 
Consegue saber pra onde vai essa coisa toda? Nem eu. Na verdade o anime dá tantas voltas e pontos sem nó que é melhor desligar o cérebro pra assistir.
 
O importante é que todos vêem no Casshern um objeto de desejo, graças a sua imortalidade e suposta perfeição, então sempre há algum maluco cruzando seu caminho, por mais que Casshern não esteje a fim de matar.
E aí acontecem as lutas no decorrer dos episódios - os saltos acrobáticos que o Casshern faz são belíssimos, graciosos, de tamanha sutileza e precisão... enche os olhos e faz com que você aguarde anciosamente pela próxima batalha.
 
Além disso, adorei as tiradas filosóficas, pois afinal, de que os andróides têm medo? Eles não possuem alma, não são seres biológicamente vivos, portanto, não deveriam temer a morte, pois não possuem uma vida para perder...
 
No final das contas, Casshern Sins "é só apenas isso": um anime bonito de assistir. A fotografia é linda. Mas fica nisso, pois a trilha sonora não é tão bela quanto os desenhos, e algumas cenas são tão paradas que eu sempre acabava ficando com sono quando assistia.
 
Recomendado apenas se você curte cenas de ação ou histórias de andróides - eu ainda prefiro Astro Boy (a também moderna versão de 2003).
 

Assista ao vídeo promocional:


 

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2 comentários:

L.P. disse...

Eu acho que a série tinha muito para oferecer mas não aproveitou muito. O clima melancólico ficou bem posto com o design incomum para anime, resultando num acabamento técnico muito satisfatório considerando o baixo orçamento. Mas fora o eye candy, não sobra muito mesmo. As cenas de ação poderiam ter mais sentido, o enredo poderia sem bem mais aproveitado assim como o espaço em que a trama se desenvolve. Os personagens até que não ficaram de todos ruins. O conflito interno de Casshern foi bem trabalhado até. Infelizmente a característica de estarem perdidos em vários sentidos impediu em muito o andamento da trama. A impressão que passa é que a série seria muito boa se fosse condensada em um movie. Ah sim! A parte sonora é boa, destacando-se a abertura.

Laura Lanford disse...

A gente meio que teve a mesma opinião então - eu achei que foi "episódico" demais, podia ter mais coisas recorrentes, tiveram personagens que viveram e nunca mais apareceram de novo, enquanto que coisas chatérrimas como toda aquela emisse da Lyuze com o Casshern podia ter se resolvido mais cedo pra mostrar mais progressão nos personagens...

Quanto a parte sonora, achei que em alguns momentos combinou e em outros deu bola fora, principalmente naquela parte da cantora e o Casshern matando mil lá fora, aquilo não deu certo.