03/04/2010

~Conversando sobre reviews~

Não sei direito se o título está certo mas quem tiver saco pra ler (e quem sabe discutir) sobre assunto de reviews, e principalmente de publicações e sites "profissionais", se notas númericas são importantes ou não, se sinta bem vindo.

*Aviso: Texto longo, leia quando tiver tempo e/ou saco*


O polêmico FFXIII, jogo ruim ou injustiçado?


Todos nós sabemos de jogos, alguns são apenas repetitivos, com contador de pontos ou não, servindo para passar o tempo e "quem sabe" comparar pontos com de um amigo ou reclamar de alguém apelão que provavelmente quebrou o jogo (acontece SEMPRE em jogos flash), outros jogos tem duração média e dá para se ter uma idéia jogando algumas horas, jogos que se mantém "coerentes" na jogabilidade também tem esse facilidade.

Chegamos aos rpgs, um gênero que os jogos são grandes pra caralho.

Sabemos que já nas épocas aureas de revistas de VGs como super game power, ação games, Gamers (a melhor revista que já tivemos) entre outros, já havia um prazo curto para tudo: Reviews, Previews, seção de cartas, lista de golpes, lista de cheats, game shark, etc...


King of Fighters XII, bom jogo mas derrotado por reviews negativos e hype exagerado pela empresa.


Então como podem ver, alguma coisa pode não ter tido o foco que poderia ter tido, reviews com baixa nota de algum jogo que com mais tempo poderia ter melhrado, ou notas altas pra um jogo que apenas começa bem, certos pontos não esclarecidos, etc...isso ainda mais agravado hoje em dia com a internet, em que se pode falar do jogo logo que ele é lançado, o que deixa a coisa ainda pior.

Junte isso com demos, vazamento de partes da produção de jogo, teasers, trailers, screenshots, conversa com os produtores...e se tem um caos que antes mesmo de um jogo sair um consumidor pode se convencer fortemente em comprar um jogo antes dele ser lançado (ou seja, uma grande antecipação, "hype") ou o contrário, parece fraco ou "mais do mesmo" e quem sabe nem pensa em comprar.


Too Human, demo competente, jogo final decepcionante.


Pois bem, voltando, um dos tipos mais difíceis de fazer review e que estão sendo de maneira não lapidade são os RPGs.

Tem muitos pontos, coerência em relação a dificuldade, atenção no enredo e detalhes, sistema de jogo que não canse e que dependendo do público "dentro do público" escolher entre um do tipo extenso, com muita customização e horas construindo e configurando ou algo mais direto e simples, sem muita complicação.

Isso é algo muito falho nos reviews em revistas e sites "especializados" hoje em dia, jogam por no máximo 15 horas um rpg e assim fazem um relato como se fosse de todo jogo, sendo algo bom (para jogos que começam bem mas ficam medíocres mais pra frente) ou ruim (jogos que demoram pra começar bem ou precise de mais dedicação para ver o que ele tem de bom), e isso é terrível.


Final Fantasy XII, notas merecidas na famitsu ou houve compra?


É o que vejo que aconteceu com Final Fantasy XIII, é notável que muitos títulos famosos em meios "oficiais" obviamente tem "verdinhas" envolvidas para terem reviews positivos para seus jogos (isso já foi meio polêmico nos eua, com um certo reviewer sendo demitido de um site "famoso" por se recusar em dar a nota "comprada").

Porém sobre os reviews negativos, alguns claramente citam a AUSÊNCIA de partes de maior liberar no jogo, o que significa um review falho, pois agora que passou o lançamento japones e americano, relatos de JOGADORES e não a tal midia "especializada" mostram que o jogo não é tão ruim como pintam, e que o jogo contém uma parte com side-quests entre outras missões opcionais para o jogador.

E que pelo sistema e no geral é um jogo divertido no final das contas.

O certo seria dois reviews, com um sendo "primeiras impressões" para alguém com sede de informações do jogo sendo jogado mesmo para saber como se começa o jogo mas não sendo o jogo todo no revisionamento.E depois um review completo com o JOGO SENDO COMPLETADO e não apenas 20 horas, com algo conclusivo do jogo e não a correria dos reviews de rpg que estão tendo por aí.


Dewprism, um dos poucos rpgs que "se permite" ter um review rápido.


Outro ponto que gostaria de tocar sobre reviews são as notas, com xitas em forúns de internet jogando na cara de outros notas de revistas e sites como crianças (se bem que caso o registrado tenha menos que 16 anos dá para "relevar"), o que é algo ridículo.

Por esses motivos que "esqueço" de colocar algo "numérico" nos meus reviews, pois há vicio de muitos em ler review terem "preguicinha" e apenas olharem os NÚMEROS, do que realmente ler algo mais detalhado porque a nota foi dada e que algumas vezes mesmo tendo uma nota baixa o jogo pode ser jogado, ou não é um lixo completo porque não é algo a partir de 7...

Isso também tem culpa da idiotice de terem deixado os consoles mais caros do que poderia ter sido uma progressão mais natural (e ainda burrice porque mesmo tendo mais polignos agora tem o problema de set tudo "muito limpo", precisando colocar um filtro "marrom" e efeito "bloom" para disfarçar esses e outros problemas), agora temos consumidores que por isso querem jogos sempre épicos e com notas acima de 7 "por causa do preço do console", quando todos consoles tem jogos imperdíveis, ótimos, bons e "ruinzinhos" (e claro péssimos), dependendo de quem joga gostar ou não, sem ficar preso a "números" somente.


VGcats criticando de forma engraçada sobre abuso do "next gen filter"


Eu não culpo os casuais, nem os "hardcores" porque todos que jogam tem sua parcela de "culpa" na idiotização generalizada que ocorre com pessoal que joga, é uma merda isso...

De qualquer forma espero que essa leitura "extensa" tenha sido de utilidade (nunca fui bem em redação, juntando isso a minha "absurda" inteligência...nunca entrei na universidade pública), ou pelo menos faça o pensar sobre erros em reviews entre outros detalhes, eu incentivo que comente a respeito, como o própio título diz é uma "conversa" sobre os reviews.

Bem, é isso, e eu preciso de um revisor haha...

4 comentários:

Chester disse...

Boa reflexão saikyo.

Dark Howard disse...

Saikyo, sou quase da mesma opinião que a sua. Tipo, essas pseudos-revistas especializadas saem tacando notas com menos de 1 semana jogando o game, as vezes jogam as preças... Pior é os "amebas" que vão por o que elas acham... Tipo, eu leio a análise e se me interessar pelo jogo não é uma análise de um cara que é pago pra faze-la e pode ter pressão pra falar que é ruim que não vou jogar, se fosse o caso nunca jogaria Battle Fantasia, me disseram que era um lixo, vi análise de pseudos-revistas e sites especializados malando o game, mas eu gostei quando joguei.
Quanto ao negócio de notas, é relativo... Uma nota pode ser boa pra um e para outro não ser, as notas são mais pessoais... Não tem um que não coloca isso como "opinião pessoal" nisso... Porque vai do avaliador mesmo.

Quanto a este novo Final Fantasy, eu não curto RPG mas o que eu vi me pareceu um puta jogo. Pra quem curte o gênero é um prato cheio.

Sobre KOFXII, eu achei um game bom... Nada mais nada menos que isso, muitas coisas que faltaram nele fizeram o game ser aquém do que a empresa prometia.

No mais, li toda sua análise e gostei deste post. A propósito leio sempre que posso análises suas nesse blog, parabéns e continue assim.

Unknown disse...

É o texto longo mais curto que já vi :P

Ah, a maturidade... os jovens ignoram conselho dos mais velhos (que eles, nem que seja poucos meses), aprendem tomando na cara, resolve passar suas experiências aos mais novos, que ignoram a opinião dos mais velhos, etc. Infinito.

Esse é um assunto universal. Vejo semelhanças no jornalismo investigativo, esportivo, político, etc; no "nerdismo"; entre cinéfilos; entre otakus - na visão ocidental da coisa. Assim por diante.

A internet é nosso grande aliado (consumidores). Até mesmo estudos revelam que as pessoas confiam na opinião de outras, mesmo que não conheçam (mesmo que sejam fanboys; eles são engraçados!). Martírio das produtoras, que não são tolas. Perceberam que sites como Game Metrics podem ser grandes aliados para fisgar o gamer incauto - recomendo a leitura de um artigo que Fábio Santana postou em seu site que fala sobre isso.

Exemplo da universalidade do assunto: futebol. Veja a diferença entre Galvão Bueno e Cléber Machado narrando algum evento esportivo. O 2º se apoia em números, que você esquece após 5 minutos, em excesso.

Medição nada acurada:

GB: 80% narra com emoção, 20% bosteja com sinceridade.

CM: 50% números, 40% tiradas/piadinhas maldosas/risadinha sarcástica, 10% falsifica emoção/cita o nome de alguém.

Chester disse...

Cleber Machado ainda erra ao citar o nome de alguém! Acontece direto, o cara eh muito bom xD