23/11/2008

Review Fire Emblem: The Sacred Stones



Exatamente o que vocês estão pensando, mais um review da série Fire Emblem, dessa vez do Fire Emblem: The Sacred Stones, o segundo jogo da série a ser oficialmente traduzido e lançado no ocidente, e que veio com algumas novidades,mas elas fazem o jogo ser uma continuação decente ou não?É o que vamos ver agora:










História: 7/10





Eu tinha gostado tanto da historia dos Fire Emblems anteriores (Rekka no Ken e Fuiin no Tsurugui respectivamente) mas esse Fire Emblem me desapontou nesse quesito, o Enredo do jogo gira em torno de um mal que cresce pouco a pouco no continente de Magvel e o Imperio Grado que antes era aliado do reino de Renais começa a atacar e oprimir não só a Renais mas como os outros reinos também (seguindo aquele clichê totalmente manjado do "Reino ser bonzinho e o Império ser malvado") e logo os 4 reinos de Magvel entram em guerra,nisso o principe Ephraim de Renais some numa missão e o rei Fado de Renais pressentindo que coisas piores viriam confia a segurança da irmã gêmea de Ephraim, e princesa de Renais, Eirika ao seu mais leal paladino, Seth





Assim começa o desenrolar da história com traições, lutas com exercítos, monstros...sim! eu disse monstros!Entre outras coisas desse tipo, não me levem a mal, apesar de todos os clichês que a historia do jogo possui (que não poucos) ainda sim o enredo te empolga, a historia é bem conduzida te fazendo se interessar por ela mesmo sendo tão previsível e simples. mas o problema é que ela é só isso, quer dizer você pode jogar denovo pra ver a rota que você não viu pois o jogo em certa parte se divide em duas rotas diferentes e você pode escolher se toma a jornada ao lado de Eirika ou de Ephraim (sendo a de Ephraim um pouco mais desafiadora) e assim vê a história se desenrolar de outro ponto de vista, mas repito a historia é simples, repleta de clichês e que vale a pena apenas por poucas coisas,recomendo que não preste tanta atenção na historia e jogue apenas pelo valor do gameplay em si.







Jogabilidade: 10/10





Fire Emblem parece não gostar de mudanças bruscas,com esse jogo ocorre a mesma coisa, o sistema de batalha continua o mesmo então não vou me detalhar nele como fiz no review de Rekka no Ken porque poucas coisas mudaram, o terreno e seus bônus continuam no jogo, o triângulo de classes continua o mesmo mas existem novidades no jogo:



O jogo ganhou uma caracteristica de livre "navegação" por lugares assim como Ogre Battle, Tatics Ogre e Final Fantasy Tatics, onde você pode voltar nas lojas e até ter batalhas aleatórias com monstros simplesmente indo até eles no mapa, ou ir até as Lagdou Ruins ou o Tower of Valni pra ganhar experiência extra lutando lá com suas unidades e destravar unidades secretas.Sim, é possivel fazer level grinding nesse jogo sendo assim você não tem mais que se preocupar com o numero limitado de experiência que o jogo te dá, e que vamos ser sinceros, seria muito pouco considerando que o Sacred Stones tem pouquissimos capitulos no Story Mode, APENAS 21 contando com capítulos.



O jogo ficou mais fácil, quem já jogou os Fire Emblems anteriores pra GBA e sofreu com o Merlinus (a unidade que funcionava como "depósito" de itens) agora não tem mais que se preocupar pois o herói do jogo é icumbido dessa função, basta qualquer unidade chegar perto dele e usar o comando "supply" que tambem pode ser acessado fora das lutas.





A novidade que mais me chamou atenção nesse jogo foi a escolha de classes ao ser promovido, ao invés de você avançar diretamente pra uma classe setada, agora você pode escolher entre duas delas, Social Knights podem virar Paladinos ou Great Knights, Fighters podem virar Heros ou Warriors,Mirmidions podem virar ou Assasins ou Master Swordsman, certas classes são realmente melhores do que outras, Generals são totalmente "godtiers' e Paladins foram reduzidos a "unidades com maior movimentação", e como deu pra perceber, novas classes surgiram, Valkirie pode ser considerada uma clase nova, pois maneja tomes de Light ao invés de Anima, Mage Knight substituem as Valkiries usando Anima tomes, Rogues são uma evolução dos Thiefs, que podem roubar e abrir fechaduras sem precisar de lockpick, Great Knight, são cavaleiros lentos mas fortes, Rangers se tornaram nada mais nada menos que uma versão diferente dos "Nomad Troopers" dos jogos anteriores, Wyvern Knights, tem um poder de ataque muito alto e podem atacar ignorando a defesa inimiga, Summoners tem o poder de invocar monstros no campo de batalha e Necromancers são uma versão mais poderosa dos Sumonners. Houveram mudanças em clases antigas, e algumas agora tem acesso a mais de um tipo de arma e outras perderam esse privilégio.



Outra coisa que me chamou atenção foram as Skills, são talentos especiais que certas clases possuem, Generais, podem ficar imunes a ataques por um certo tempo, Wyvern Knights atacam ignorando a defesa inimiga as vezes,Assasins podem matar num hit , Bishops dao dano dobrado em monstros, Rogues abrem fechaduras sem lockpicks, achei isso bastante legal mas vazio, porque são coisas tão simples que se fazem com as skills, que se tornam óbvias, como um Rogue abrir tudo sem precisar de Lockpíck, ou Bishops humilharem monstros com Light tomes.





Gráficos: Vide Review de Fire Emblem: Rekka no Ken





"Se não esta quebrado não conserte", simples os gráficos continuam a mesma coisa, nada mudou, os portaits ainda piscam a animação ainda é de qualidade,mas quase tudo foi reaproveitado dos Fire Emblems anteriores, veja como o sprite dos Knights ou dos Snipers continuam a mesma coisa, a evolução grafica nesse FE é tão minúscula que nem vale a pena ser comentada, obvio os gráficos não sao ruins, mas se rolasse mesmo um FE9 pra o GBA e fosse a mesma coisa eu chamaria a Intelligent Systems de preguiçosa e nada mais.







Músicas e Audio : Vide Review de Fire Emblem: Rekka no Ken





Perfeitos, é o que eu chamo de um trabalho bem feito, novamente eu parei as lutas no meio pra ficar ouvindo as músicas, elas combinam direitinho com o tema do jogo e não se tornam enjoativas com o tempo, a qualidade do som é decente e esta muito longe de Tatics Ogre Knight of Lodis onde a qualidade sonora é semelhante a de um rádio com chiadeira constante.





Valor Replay: Vide Review de Fire Emblem: Rekka no Ken





É incrivel como nada mudou aqui, o jogo tem um valor replay imenso, se você quiser ver as duas perspectivas diferentes da história, tem que terminar o jogo denovo e depois disso tem mais coisas a se fazer como destravar os personagens secretos, colocar todas suas unidades no level maximo (ou até nos stats máximos se você for hardcore) e jogar na link arena com amigos, enfim é bastante coisa pra fazer e que vai lhe ocupar um bom tempo.





Conclusão : 8/10





Mesmo pra um jogo cheio de falhas, que saiu na pressa e contem inumeros bugs e glitches, é um jogo que se sai muito bem e boa ambientação, e diverte mesmo
que fãs de longa data da série possam não gostar, com uma história decente com algumas reviravoltas, sistema de jogo solido, um jogo de boa qualidade que
sofre de falta de inovações.



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